Sinopse: 

Dividir uma casa de verão com um cara gostoso deveria ser um sonho se tornando realidade, certo? Não quando é com Justin… A única pessoa que eu já amei… aquele que agora me odeia. Quando minha avó morreu e me deixou metade de casa de praia na Ilha Aquidneck tinha uma pegadinha: a outra metade ficaria com o garoto que ela ajudou a criar. O mesmo garoto que virou o adolescente cujo coração eu parti anos atrás. O mesmo adolescente que agora é um homem de corpo definido e uma personalidade forte para combinar. Eu não o via em anos e agora estamos vivendo juntos porque nenhuma de nós dois está disposto a desistir da casa. A pior parte? Ele não veio sozinho. E logo eu percebi que existe uma linha tênue entre o amor e o ódio e eu conseguia vê-la naquele sorriso presunçoso. E atrás de tudo aquilo.. aquele garoto ainda está lá. Assim como a nossa conexão. O problema é… agora que eu não posso mais tê-lo, eu o quero ainda mais.




Sabe aquele livro que você quer ler, mas de início não cria muitas expectativas e depois que dá início a leitura, você se surpreende e passa a amar a história cada vez mais? Isso foi exatamente o que aconteceu comigo ao me deparar com "Roomhate".
Roomhate se inicia nos mostrando os tempos atuais, onde a avó de Amélia acabou de falecer e em seu testamento deixou sua casa de praia para ela e seu amigo de infância, Justin. Porém, devido a acontecimentos do passado, os dois se afastaram e um ressentimento enorme é nutrido por parte do Justin. Com o decorrer dos capítulos, são distribuídos vários flashbacks da infância dos dois e com isso podemos ver a amizade meiga e protetora que ambos mantinham, além de podermos entender a razão do distanciamento deles. Justin e Amélia foram ligados, inicialmente, por serem vizinhos e foram cada vez se tornando mais próximos pelo fato da avó de Amélia cuidar do pequeno Banks enquanto seus pais só tinham tempo para o trabalho. Apesar do sentimento forte que ambos mantinham, nenhuma das partes teve coragem suficiente para expor seus sentimentos. Os anos passam e ambos seguem com suas vidas, mas o destino - ou a avó de Amélia - decide dar um jeitinho de colocar os dois frente a frente novamente.
Justin e sua namorada Jade, decidem ir em suas férias de verão para a casa de praia, mas sem saber, acabam se deparando com Amélia. Diferente do que seria esperado, onde Jade seria uma enorme bitch no caminho de Amélia, ela se mostra um amor de pessoa. Mas se por um lado Jade é receptiva e prestativa, Justin não parece disposto a tornar as coisas mais fáceis para Amélia e mostra logo de cara o seu rancor após o afastamento dos dois há mais de dez anos atrás.
Mesmo com toda raiva, rancor e mágoa envolvendo Justin e Amélia, a sintonia e química que existe entre eles é óbvia e por muitas vezes durante a leitura, eu precisei fazer uma pausa para recuperar o fôlego tamanha era a conexão que ambos transmitiam.
Justin é aquele personagem que nos conquista sem muito esforço logo nas primeiras páginas, sendo uma mistura entre fofo além dos limites e bad boy boca suja. Adicione a ele tatuagens e o fato de ser músico e pronto, temos o homem dos sonhos. Amélia é uma personagem forte e independente, que desde muito nova precisou aprender a cuidar de si mesma. Amélia também é um enorme exemplo de perseverança, e assim como todos os aspectos da história, nos conquista mais a cada capítulo.
Penelope não insere muitos elementos ou personagens na história e mesmo assim, Ward consegue aproveitar dos poucos elementos dos quais dispõe de uma forma maravilhosa e eu diria até que esses poucos elementos são um dos fatores que torna a história tão especial.
Penelope tem a capacidade de deixar a história envolvente do início ao fim, sem em nenhum momento torná-la entediante. A autora também conduz a história mesclando na dose exata drama, romance, tensão e humor, tornando o livro excepcional para todos os amantes de New Adult, romance ou drama.
"Roomhate" é aquele livro que após terminado, sofremos daquela famosa depressão pós-livro, e essa tristeza só se intensifica ao nos darmos conta de que se trata de um livro único e que não teremos vislumbres dos amados personagens futuramente. Mas mesmo sem continuação, podemos relê-lo quando bater a saudade, pois se trata de um livro que jamais enjoaremos.
"Roomhate" nos passa diversas mensagens maravilhosas e inspiradoras, nos mostra que nossas escolhas muitas vezes podem ter um impacto enorme não apenas em nossas vidas, mas na de todas as pessoas que nos cercam. E o mais importante: a história nos mostra que mesmo com todos os obstáculos, desencontros e erros que cometemos, as coisas acontecem da maneira que deve acontecer.

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