Sinopse:

Como superar a dor de uma perda irreparável? Elizabeth está tentando seguir em frente. Depois da morte do marido e de ter passado um ano na casa da mãe, ela decide voltar a seu antigo lar e enfrentar as lembranças de seu casamento feliz com Steven. Porém, ao retornar à pequena Meadows Creek, ela se depara com um novo vizinho, Tristan Cole. Grosseiro, solitário, o olhar sempre agressivo e triste, ele parece fugir do passado. Mas Elizabeth logo descobre que, por trás do ser intratável, há um homem devastado pela morte das pessoas que mais amava. Elizabeth tenta se aproximar dele, mas Tristan tenta de todas as formas impedir que ela entre em sua vida. Em seu coração despedaçado parece não haver espaço para um novo começo. Ou talvez sim.






Sabe aquele livro que você não consegue desgrudar e não vê a hora de ter 20 minutinhos livres para poder lê-lo? Pois este é o caso de "The Air He Breathes".
Tristan é um escultor de móveis correndo atrás de uma oportunidade em sua área e é completamente apaixonado por sua esposa Jamie e seu filho Charlie. Elizabeth é uma designer de interiores casada com o paisagista Steven e do fruto deste casamento, nasceu a pequena e atrevida Emma. O destino de Tristan e Elizabeth é unido por uma tragédia que destrói a família de ambos. Em um terrível acidente de carro, tanto Liz quanto Tristan perdem seus companheiros de vida e Charlie acaba sendo uma vítima também.
A partir de então, Tristan se fecha para o mundo e acaba sendo conhecido pelos habitantes de sua nova cidade como "babaca". Tristan é aquele personagem que logo nas primeiras aparições e falas, nos faz cair de amores por sua personalidade meio perturbada. Já Elizabeth, diferente de Tristan que manda o "foda-se" para todos, se importa demais com as opiniões alheias e acaba se vendo obrigada a agradar a todos o tempo todo. Após a volta de Elizabeth para a cidade, ambos se conhecem de uma maneira um tanto tensa e passam a trocar farpas a todo momento que se encontram.
Entre indas e vindas, Tristan e Elizabeth percebem que quando estão juntos, a dor da perda é substituída por um sentimento semelhante ao de quando seus respectivos companheiros estavam vivos. Mas será que o prazer físico é o suficiente para seguir em frente e amenizar as cicatrizes que o passado deixou? Essa se torna a questão do livro, até que ambos passam a criar um inevitável vínculo e afeição, sem qualquer ligação com seus falecidos parceiros.

Obviamente, o destino não seria tão bonzinho de deixar o caminho livre para a felicidade reinar, ao invés disso, outros personagens que de início não damos a devida importância, se tornam pequenas cobrinhas no caminho dos dois.
Além de Lizzie e Tristan, Emma é o ponto fofo da história, junto com o cachorro de Tristan, Zeus. Diferente do que poderia ser um cliché, onde Emma detestaria Tristan por ocupar o lugar de seu pai e poderia ser um impedimento para a junção do casal, Emma é completamente fofa quanto a isso, apesar das implicâncias do início da história (o que é mais um adicional para torná-la um amorzinho). Emma é adorável a sua maneira estranha de ser e nos faz chorar de rir com tamanha inocência. Diferente da maioria das meninas da sua idade que apenas gostam de princesas da Disney, Emma gosta de zumbis, super heróis, vampiros e princesas também, é claro.
Completamente o oposto de Emma, a melhor amiga de Elizabeth, Faye, é a típica amiga louca sem filtro que fala e faz as coisas mais inapropriadas nos momentos mais inapropriados. Mas apesar da falta de senso, Faye também consegue nos tirar várias gargalhadas e é de extrema importância para o desenvolvimento da história.
Provavelmente o mais adorável do livro, é a maneira que Elizabeth e Tristan se aceitam com todos os pedacinhos quebrados que os formam e vão aprendendo um com o outro que a vida pode lhes conceder uma nova chance no amor. Aos poucos, Elizabeth e Tristan vão vencendo alguns de seus dramas e superando seus passados tumultuados.
A história é alternada pelos pontos de vista de Lizzie e Tristan, o que nos ajuda a entender o que se passa na cabecinha confusa de cada um. O livro chegou ao Brasil com a tradução literal (graças a Deus) de "O Ar Que Ele Respira" pela editora Record e a série possuirá quatro livros baseados nos elementos, sendo cada livro sobre histórias independentes. O segundo livro da sequência foi lançado em março de 2016 com o título "The Fire Between High and Lo" e talvez, tenha resenha dele aqui em breve também, quem sabe? Quanto ao terceiro livro, apenas o título "The Silent Waters" foi divulgado e seu lançamento está previsto ainda para este ano.
É engraçado que desde o ano passado eu vinha adiando começar um dos livros de Brittainy e em poucos capítulos, a moça conseguiu subir na minha lista de autoras preferidas. Brittainy consegue exceder todos os limites da perfeição com sua escrita, assim como ela já havia feito anteriormente com Sr. Daniels, e assim como em sua escrita anterior, Brittainy circula entre caminhos que nos levam das risadas as lágrimas entre um capítulo e outro, além de nos mostrar o valor que devemos dar aos pequenos gestos.
"The Air He Breathes" conseguiu atingir escalas de emoções que poucos livros conseguiram despertar em mim até agora, além de superar todas as minhas expectativas e possuir um enredo de tirar o fôlego a cada página.

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